Ah! Semiárido mineiro!
Quando sopra esse vento forte,
no Cerrado de maravilhosa resiliência,
as suas cores, flores e espinhos!
A sua gente,
de sorriso e olhar tímidos,
com as mãos firmes,
o sentimento nobre!
As suas crianças
– ah, meus filhos foram!
O seu forró
– nossa, que forró!
Guimarães Rosa:
essa luta pela vida,
pelo povo,
por justiça.
A bondade que se constrói
em meio à dor.
Diadorim e Riobaldo,
linda estória de amor,
não vivida em seus propósitos
(des)encontrados!
Ah! Semiárido mineiro!
Com seus chamativos
tão carinhosos,
que tamanha força preciso fazer
pra não acreditar e me manter na razão!
Porque no fundo eu acredito
– desejo? –
que seja infindável esse forró!
(Escrito em 04/02/2018, em hipnagogia – meio acordada, meio dormindo)